Em 1987 tive a sorte de assistir às óperas Rigoletto e a La Traviata. Se a entrada para o Rigoletto foi gratuita, num programa para jovens, os 250$00 de La Traviata foram muito bem empregues, embora implicasse ir para a 3ª Ordem, no topo dos topos do Teatro de S. Carlos, com a garantia do arrumador que esse era um dos lugares com melhor acústica, na sala.
Conhecia, graças aos meus pais e aos programas da televisão, algumas das árias mais famosas de ambas as óperas, mas foi um prazer ver a diferença de um espectáculo deste género ao vivo.
Ficam duas das áreas mais famosas de ambas as óperas:
Numa altura em que a qualidade de notícias, seja ela dos jornais ou da televisão nos cansa e que as palavras têm que ser medidas e pesadas de acordo com o novo sistema de medição desenvolvido neste novo milénio que é o "PC" (sem nada de comunista, mas com um cheiro bafiento, bolorento de politicamente correcto), fica a capa de um dos jornais saídos a 25 de Abril de 1974, que contem um das mais belas frases a ler nesse dia: "este jornal não foi visado por qualquer comissão de censura".
No meio das arrumações encontrei uma série de postais de uma exposição no Palácio de Belém, nos idos anos 90 (esquecemos que as exposições por lá começaram bem antes dos eventos que o actual Presidente por lá patrocina):
Percorri-a por duas vezes, primeiro com uma amiga e depois com o meu pai. As caricaturas do António são fabulosas.
Paula Lima
P.S. citando John Carpenter, nos dias que correm, "stay away from the fog" 😉